quarta-feira, 16 de março de 2011

Folha de Papel em branco


Nada é tão enigmático do que uma folha de papel em branco. Ela nos instiga a projetar nossos sentimentos mais abissais. Ela nos convida a revelar o que queremos ocultar e que ousamos mostrar somente para pessoas que consideramos nosso porto seguro.
Trabalhei durante 19 anos, no setor de Terapia Ocupacional de um Centro Psiquiátrico e vivenciei os momentos de ansiedade extrema ou indiferença total de inúmeras pessoas, frente à uma folha de papel que se "dava" como espaço de projeções.
O momento crucial entre pegar a folha e buscar a cor ou cores que representassem sentimentos atualizados, sempre foi de meu incomum interesse.
A folha convite...Que convida à re-edição de uma história de vida muito pessoal... A um novo começo...
A folha tortura... Que solicita a angústia de um "começar de novo e contar comigo"...
A folha amiga... que é o espaço para receber as lágrimas que traduzem gritos mudos do desespero de vivências incompreendidas...
E de forma mágica, as cores se faziam presente, como interpretes festivas de sonhos desfeitos...
E os temas se metamorfoseavam nas dores silenciosas, pranteadas no escuros de quartos sombrios e tudo se transformavam no que é a vida: ARTE.
Recebi um e-mail em branco e a mente viajou ao passado em busca de referenciais. O symbolom contido na "não mensagem" recebeu como resposta toda a gama de cores contido na cor branca: Todas as cores e nuances do arco-íris!!
A ARTE de viver em PAZ!


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