sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Meu poeta

Sempre amei Vinícius. Sua poesia me acompanhou e encantou desde a adolescência. Seu estilo literário me seduzia, para desespero de minha mãe, que só conseguia ver seu lado domjuanesco.
Recentemente encontrei uma poesia sua que não conhecia e que me deliciou, dei risada com o seu magnífico jogo de palavras. Aí está.


*CAPRICÓRNIO*
(de 22 de dezembro a 20 de janeiro)

A capricorniana é capricornial
Como a cabra de João Cabral.
Eu amo a mulher de capricórnio
Por que ela nunca lhe põe os próprios.
A caprina é tão ciumenta
Que até o ciúmes ela inventa.
Mulher fiel está aí: é cabra
Só que com muito abracadabra.
Suas flores: a papoula e o cânhamo
De onde vem o ópio e a maconha
Ela é uma curtição medonha
Por isso nos capricorniamos.



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